28/04/12

Food Revolution Day

No próximo dia 19 de Maio, a Fundação Jamie Oliver lançará o primeiro “Food Revolution Day”, um dia de ação global que pretende inspirar, educar e motivar as pessoas em todo o mundo a defender o seu direito a uma alimentação verdadeira.
Milhares de pessoas no mundo inteiro participarão em eventos que visam alertar para a importância da prevenção de doenças relacionadas com a alimentação e dotar as pessoas com o conhecimento e as ferramentas que necessitam para fazer escolhas alimentares mais saudáveis.
Os participantes podem visitar o site foodrevolutionday.com para procurar ou criar eventos locais em que podem partilhar com a sua comunidade técnicas e conhecimentos sobre alimentação saudável, seja através de aulas de culinária, workshops de agricultura, sessões sobre como começar um blogue sobre alimentação ou visitas ao mercado de agricultores. Neste momento, mais de 800 grupos de 45 países já manifestaram a sua intenção de participar nesta iniciativa (em Portugal, temos o exemplo da Madeira que já está a organizar o evento).
Esta campanha visa promover um novo modelo de produção e consumo de alimentos, que se impõe pelos mais variados motivos. O sistema alimentar actual, baseado na produção agrícola intensiva e no uso do petróleo como recurso energético a baixo custo, é um dos principais responsáveis pela destruição ambiental e por graves problemas de saúde pública. A poluição do ar e da água, as alterações climáticas (a produção animal intensiva é responsável por 18% da emissão de gases com efeito de estufa, enquanto que o sector dos transportes emite apenas 14%), a degradação do solo e a desertificação (25% da área agrícola mundial está degradada ou em risco), a perda de biodiversidade (a maioria dos alimentos para consumo humano provêm apenas de 12 espécies de plantas e 5 espécies de animais, enquanto 60% da alimentação humana provem apenas do milho, trigo e arroz), a escassez dos recursos (as reservas de nutrientes importantes utilizados na agricultura como o fósforo e o potássio estão a esgotar-se e a velocidade de extração do petróleo é muito superior à velocidade com que o mesmo se forma), o desperdício (estima-se que 30 a 40% dos alimentos produzidos, estragam-se ou são jogados fora) e a proliferação de doenças graves como a diabetes e o cancro, impõem alterações urgentes aos nossos hábitos alimentares e aos moldes atuais de produção de alimentos.

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