Os preços internacionais dos cereais desceram, num mês, cerca de 2% a nível global, contribuindo para o recuo dos preços das matérias-primas para os 214 pontos – um nível que a Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO) considera elevado, apesar de estar afastada uma repetição da crise alimentar como a de 2008.
O principal indicador do preço internacional dos alimentos, que engloba 55 matérias-primas, só recuou, contudo, em Abril, ao fim de três meses consecutivos em alta. E deverá manter-se estável nos próximos meses, afirmou à Reuters Abdolreza Abbassian, economista do sector de cereais da FAO.
Ao cair para os 214 pontos, mantém-se distante do recorde de 235 pontos atingido em Abril do ano passado e “bem acima” da barreira dos 200 pontos que conduziu à crise alimentar há quatro anos, quando o preço do arroz disparou 170% e o do milho subiu 140%.
Agora, estão a recuar. O custo internacional do arroz caiu 4% em Abril, em termos homólogos, enquanto o do milho desceu 15%. E maior ainda é a descida do preço do trigo (21%). O preço dos produtos lácteos também caiu (11%) e o mesmo se passou com o açúcar (5%).
As perspectivas da organização das Nações Unidas para a produção de cereais para este ano são positivas: um recorde de 2371 milhões de toneladas mundiais, mesmo com a esperada quebra de produção de 3,6% no trigo, que é contrabalançada com um aumento nos cereais secundários.
Notícia original do jornal PUBLICO: http://economia.publico.pt/Noticia/o-preco-dos-cereais-baixou-mas-o-custo-dos-alimentos-ainda-preocupa-a-fao-1544573
Documento original FAO: http://www.fao.org/news/story/en/item/141965/icode/
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